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01
Out10

Partidas

por Gaja

Não consigo evitar este sentimento que se instala em mim em cada partida. A casa ganha um som diferente. Uma cor diferente. Parece que de repente, tudo deixa de fazer sentido. Não ando, vagueio. O período de adaptação costuma durar 2, 3 dias. Dias em que me perco por não ouvir uma gargalhada ao meu ouvido, um "gosto de ti" sussurrado. Dias em que até uma ida ao supermercado passa a ter a graça habitual da pouca graça que tem. Escolher o que vamos fazer para o almoço passa a ser um individual na mesa sem o "isto está muito bom, Gaja" como acompanhamento do prato principal.

Já não ralho com o toalhão molhado em cima da cama. Nem me rio a seguir com a resposta que vem sempre do outro lado.

O toalhão está guardado e com ele o sorriso que espera por ele até Dezembro.

Até lá outros sorrisos irão nascer, das conversas ao telefone, dos e-mails e da imagem distorcida que as câmaras oferecem. Até lá, outro sorriso me mantêm. O dele. Que sei estar sempre comigo, mesmo que ao longe.

 

 

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