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Ainda hoje ao ler este post da Jade não pude deixar de sorrir por este ser um tema que ainda há pouco tempo me apeteceu abordar por aqui. Com outras nuances, é certo, pois não concordo em absoluto com o que ali está escrito. Jade defende que a omissão é bem mais grave do que a mentira. Fala também das mentiras piedosas que a seu ver são desculpáveis.

Agora pergunto eu: em certos casos uma omissão com determinados contornos não será ela própria uma mentira piedosa? Uma forma de poupar outrém ou até o próprio? Senão vejamos, uma omissão de algo grave ou grandioso não será tão ou mais perdoável do que uma mentira piedosa?

Mas vamos a casos concretos: Um portador do vírus HIV omite que é portador por saber que este facto irá influenciar toda a sua interacção social e que eventualmente poderá prejudicar a sua vida profissional. Um gay omite que é gay porque a descriminação existe, apesar de tantas "mentes abertas" que por aí vagueam, omite porque irá ser apontado como o "panisgas" lá da rua e que não irão ver nele muito mais para além disso. Uma mulher que descobre que tem cancro da mama, omite esse facto à sua mãe de 90 anos que está numa cama de hospital em fase terminal, para que ela morra descansada.

E poderia continuar, mas todos vós se irão lembrar concerteza de um ou outro caso de omissões válidas e legítimas.

Costumo dizer que com essas posso eu bem. E também posso muito bem com uma mentira bem contada. Com estrutura, inteligente. Que por voltas e mais voltas que dermos, apesar de desconfiarmos que se trata de uma mentira, não conseguimos apanhar uma única falha.

Agora aquilo que me tira do sério, mas mesmo do sério é que me mintam por merdices. Por coisas sem nexo. Por coisas que, e vão por mim, se me contarem a verdade é para o lado que eu durmo melhor. E aqui sim, neste tipo de mentiras é quando eu sinto que me estão a faltar ao respeito e acima de tudo a subestimar a minha inteligência. Porque se há coisa que sempre admiti muito pouco na minha vida é que me passem atestados de estupidez.

 

Mas admito, isso sim, que estou com uma p*ta de uma insónia que nem vos conto....

 

 

 

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14 comentários

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De Quase nos 50 a 22.03.2009 às 20:51

Omitir é mais grave do que mentir, na minha óptica.
Mentir sempre dá um pouco de trabalho ao mentiroso , omitir revela desprezo ,desdém pelo outro.
Não gosto de mentiras, sejam elas piedosas ou não, mas as omissões são para mim uma razão para me afastar de alguém.
Quem omite não é confiável.
Um abraço
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De Anónimo a 24.03.2009 às 21:54

querida, quatro avisos:
1. se fores jantar comigo, cuidado que eu costumo esquecer-me da carteira; 2. se fores para a cama comigl, cuidado que eu não uso preservativo mas digo que é só contigo; 3. se fodermos, não me peças para te lamber que eu não sei. 3. E se te pedir para te masturbares, tem cuidado que eu uso uma webcam e depois curto que nem um desalmado com os meus amigos a ver-te a cona.
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De anne a 25.04.2009 às 21:03

Eu concordo com quase tudo o que tu dizes. mesnos com o caso do seropositivo. pois se com um homossexual ou uma mulher com cancro não existe perigo de vida para mais ninguém, um seropositivo que não informe as pessoas (com quem se envolve claro, não tem de andar com um sinal na testa a dizer que tem sida) é um perigo para essas pessoas já que coloca em risco a sua vida. mas percebo a ideia que quiseste passar...

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