A vidinha de uma gaja

Amanhã é a pergunta da praxe : " Então gaja como foram as férias?" E eu: " Olha lá se passou..." De facto este último dia de férias passou-se que foi uma coisa parva. Mas mais parva ainda fui eu que me deu na carola de ir assar umas entremeadas na churrasqueira à hora de almoço quando deviam estar lá uns 40 graus e à sombra. Depois para compor o ramalhete ainda me deu para cozinhar a seguir ao almoço para contribuir mais um bocadinho para o aquecimento da cozinha. E isto tudo a juntar a um mal estar chato que venho a sentir desde a manhã. Acho que estou a ficar com a gripe das aves. Por isso vou mas é ver se a curo ali no meu ninho porque como diria a outra do anúncio: "Eu não tenho tempo para ficar doente..." (aquela dos casei imunitas). Fui 

Eu sei, ainda me falta um dia mas o facto é que já estou a ficar com a telha. Amanhã é o meu último dia de férias. O último dia em que posso roncar até me apetecer. O último dia em que não tenho obrigações, em que não tenho que chegar a horas, em que não tenho que picar o ponto. Esta é a última noite em que posso ver televisão até às 3h da manhã. Amanhã é a última manhã em que posso ficar a beber café e a olhar estupidamente para o programa do Goucha. Sim, porque tenho aprendido imenso com o programa, principalmente como colocar 1 litro e meio de água numa determinada jarra. E já que toco neste assunto vou aqui colocar uma questão que me tem afligido nas manhãs televisivas: Quando é que alguém salva o Pato Donaltim? É que o pobre passarôco está pendurado no braço daquele velho há não sei quantos anos. O animal sofre garanto-vos, nota-se por vezes um semblante combalido, de quem não aguenta mais aquela vida. Árvore das Patacas não é o habitat natural de um pato.

Liguem para a União zoófila, exponham o caso, vamos fazer uma corrente de solidariedade.

É que se o pato só tivesse que aturar o velho ainda vá que não vá, apesar de eu achar que ele não é boa companhia pois desvia o animal para maus caminhos, mas aturar a Fátima Lopes?

Não há pena que resista a tanta crueldade.

Bem, deixando este assunto e voltando ao primeiro, vou mas é curtir um bocado da minha depressão e já venho.