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Gosto que deixem comentários aqui no blog. Não vou negar.
Já tenho lido em alguns blogs, os autores afirmarem que escrevem apenas para eles próprios e por prazer, não esperando comentários. Não sei porquê, mas isto soa-me sempre a cagança.
Eu gosto de ler os comentários que me deixam. Fico a saber quem me lê e porquê. Fico a saber também um pouco das histórias dessas pessoas, das vivências, das opiniões. Gosto também de responder aos comentários de todas elas, pois se alguém perde alguns minutos do seu tempo a deixar-me umas palavras, é o mínimo que posso fazer.
Existem inclusive, comentários que dariam óptimos posts. Por isso decidi criar outra rubrica aqui no blog, em que irei mostrar esses mesmos comentários e transformá-los num post.
A rubrica começa já hoje, com um comentário (e desculpem-me o favoritismo da escolha) deixado pelo meu irmão, coisinha máááá linda da mana.
Então aqui vai ele:
De yxis a 21 de Agosto de 2007 às 12:33 Não tenho muito mais a acrescentar à recente polémica que varreu aqui este blog em relação a uns certos comentários ditos "construtivos". Mas não posso deixar de notar a obesessão criada em torno dos erros ortográficos. Afinal quem é que se pode orgulhar de ser um cultor da língua portuguesa, aposto que em Portugal existem no máximo 3, e já devem estar velhos, assim cm a língua que professam. Acho que também não é necessário referir o caso do Saramago, criticado tantas vezes pela falta de acentuação/pontuação e mesmo assim nobel, e o caso dos espanhóis e até dos ingleses que tornam 'apodos' certas palavras retirando as sílabas finais e facilitando a comunicação, sem mais delongas. Sim, porque vivemos na era da comunicação e, quem mais rápido obtém, melhor. No fundo digo: Quem é que nunca comete erros, ou construí novas expressões, ou utiliza a palatina diária criando novas palavras. As línguas são seres vivos que se alimentam da nossa cultura, mas é a cultura diária, a vivência pessoal e societária, e não só a cultura erudita. Eu acredito que é por isso que será sempre impossível o projecto de uma língua comun universal, existem experiências diferentes em todas as partes do mundo que obrigam a expressões diferentes, uma construção teórica distinta da vida que faz surgir novas palavras. Por exemplo, nas encíclicas papais - obrigatoriamente escritas em latim - tem-se sentido a necessidade de criar novas palavras, para conceitos inexistentes na época romana, tais como computador e auto-estrada. Só prova que é uma língua morta, porque não vive na boca das gentes, então é "falseada" pelos que dela ainda necessitam para se exprimir.