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Percebi finalmente este gosto particular em utilizar reticências. Só pode ser manobra do subconsciente levando-me a evitar pontos finais.
Não gosto deles. Nunca me senti confortável a usá-los e muito menos a senti-los.
Lembro-me perfeitamente da altura em que ainda via novelas e da sensação de vazio que a palavra FIM provocava em mim. Nos filmes a mesma coisa.
Quero sempre mais e mais. Quero ver sempre o que está para além daquilo.
Na ficção o assunto resolve-se em meia dúzia de dias. Acabo por esquecer.
Na vida real o processo é mais moroso.
Vou utilizando reticências atrás de reticências nem que me leve até à exaustão. Nem que me leve ao ponto de apesar de já conseguir ver a palavra FIM bem perto do meu nariz, continuar exausta e praticamente vencida, a virar a cara para não ver.
As reticências são mais simpáticas, deixam sempre algo por dizer, uma incerteza, uma esperança.
O ponto final é mais rude, não deixa margem para dúvidas, acaba, não há mais nada para dizer, termina o que havia começado.
No mundo da pontuação assim como na vida, os dois fazem sentido.
Há que saber usá-los na altura certa.
Ponto final...
( e não, isto não é o fim do blog. São outras coisas...)