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...Com a breca! Não sei se irão receber o recado mas cá vai:
O meu nome é Ermelinda e sou a senhora da limpeza aqui do blog. Sim! Porque isto tem muito que limpar ou pensam o quê? Estão a ver aqueles cantos arredondados? Aquilo acumula porcaria que é uma coisinha parva! Já para não falar da moldura da Xô Dona Gaja que está aqui no topo. Do lado esquerdo, estão a ver? Coisinha mááááá linda! Todos os dias passo-lhe com um paninho e um bocadinho de limpa-vidros. É que a moldura está mesmo aqui em cima que é onde apanha mais correntes de ar e pó.
Sim! Porque isto é sempre um entra e sai, um entra e sai! As portas estão sempre abertas! Isto é uma casa que não tem sossego! E o pior ainda é limpar aquelas letrinhas todas ali do lado esquerdo. Nem queiram saber a trabalheira que aquilo dá! Às vezes tenho de ir buscar uma faquinha e tudo, para ver se a sujidade sai melhor. E o calendário??? Uiiiiiii....é uma carga de trabalhos passar ali com o espanador! Troco sempre as semanas....
(voz ao fundo: DONA ERMELINDA???????? Vai dar o recado ainda hoje ou tenho que ir aí eu???????)
Ah sim! O recado!.....Sim claro!
Pois é, a Xô Dona Gaja pediu-me para vos comunicar que nos próximos tempos, nem ela sabe quantos, não irá aparecer por aqui.
Prontos, já disse!
Agora lá porque é que ela não vai aparecer é que eu não sei....são lá coisas dela coitadita....que ela não tem andado bem encarada, não tem. Eu até já lhe disse: Ó Xô Dona Gaja, tem de se alimentar melhor! Se quiser eu faço-lhe um Cozido e trago-lhe num tamparuére. Mas ela não quer...
Mas não sei....palavra de honra que não sei. Ela anda meio aluada. Vejam bem que até me deu aumento! Não anda boa não.
Agora o que é que se passa é que eu não sei. Já perguntei à Gertrudes do blog ao lado mas ela também não sabe.
Olhem, são vidas! E cada um carrega com a sua não é verdade?....eu até já estive para....
(voz ao fundo: DONA ERMELINDA????????????????????????????)
Bj da Gaja
É certo. Caí num lugar comum ao mencionar esta música. "É a minha vida..." E não só.
Na verdade, quantos de nós não fazemos uso desta música ou de partes dela, para exemplificar a nossa vida? E temos também tendência a fazê-lo resumidamente, assim como o fiz no post anterior.
Mas a verdade é que isto acaba por ser bem mais complexo do que parece à primeira vista. Dizer que só estamos bem aonde não estamos, porque só queremos ir aonde não vamos esconde apenas uma parte do problema. E agora vamos ser sinceros. Quem não sabe do que gosta? Quem não sabe o que quer? Quem não sabe até onde quer ir?
A maioria sabe. Ou pelo menos desconfia. E o que nos impede de o saber na sua plenitude são os factores externos. A nós. Tais como: pessoas, acontecimentos, tempo etc...
E estes factores é que são primordiais neste processo complexo das nossas escolhas e das nossas vontades.
Poderemos gostar de algo ou de alguém, estar bem onde estamos, querer ir a determinado sítio, construir algo importante e um infindável número de quereres e vontades. Se um qualquer factor externo interferir negativamente em qualquer um destes pontos, é certo e sabido que irão surgir as dúvidas.
E é então que nos questionamos: Estarei bem aqui? Deverei gostar disto? Faço bem em ir por ali?
Para logo de seguida nos saírmos com uma destas: Eu querer queria mas...
Faz-me lembrar um pouco o "drama" que certas pessoas têm com o chocolate. Sabem que se o comerem, no dia seguinte irão ter a cara enfeitada de borbulhas. E aqui encarem as borbulhas como um factor externo. O aspecto negativo da coisa (como se o seu próprio aspecto não fosse negativo o suficiente...).
Ora uma pessoa sabe que gosta de chocolate. É um dado adquirido. Mas o facto de saber o que lhe poderá causar irá trazer a dúvida. E aqui começa a pensar: Será que gosto assim tanto de chocolate a ponto de me sujeitar a ficar com o rosto numa lástima?
Conclusão: Nós até sabemos do que gostamos e queremos. As borbulhas é que lixam tudo!