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O dia-a-dia, os acontecimentos comuns e a vida de sempre desviam-nos o olhar e os sentidos para rotinas estupidificantes e pensamentos rotineiros. Porque é mesmo assim. Não chega a ser esforço agir dessa forma quase automática de viver.

Mas o tempo ganha horas diferentes em alturas decisivas e de mudanças. Tempo esse que parece parar ou pelo menos abrandar. Torna-se um companheiro nestas alturas fazendo-nos parar igualmente para que possamos focar o olhar e apurar os sentidos para aquilo que verdadeiramente vai tendo importância.

Nesta fase apercebi-me com clareza do mar de gente que tenho à minha volta. Dos amigos e das palavras de apoio. De outras pessoas que nem esperava. Do irmão e a sua paciência infindável para me aturar. Do pai pendurado num armário com um dedo cheio de sangue a tentar prender um esquentador. Da madrasta, que em três tempos me resolveu o assunto dos electrodomésticos. Da prima e do marido com uma carrinha quase camião que me levaram a malfadada cama e das palavras que ela me disse no final da entrega.

E a mãe. A minha grande força. Mulher de garra e coragem. Com 53 anos feitos ontem e com aquela luz, característica dela. Luz essa, que me tem guiado e amparado em alturas mais complicadas. E eu quando for grande, quero ser como ela...

 

 

 

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