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...num esforço constante, a tentar chegar a tantos lados. O tempo e as dores no corpo fazem-me deixar pontas soltas por aqui e por ali sabendo de antemão que as dores passam com o tempo mas o tempo passa sem dar por ele.
Agora, vou só ali tentar chegar a mais alguns lados e já venho...
É certo que já passaram alguns dias e a fúria que me consumiu no último casamento a que tive de assistir já passou, mas não posso evitar de fazer aqui um apelo sentido à nação e arredores:
Não me convidem para mais nenhum casamento. Boa? Estamos combinados? Eu sei que a minha presença é imprescindível e blablabla e merdas do género. Mas vamos ser honestos, nem vocês irão dar pela minha falta nesse dia e a mim, é um favor do caraças que me fazem.
Porque não é de todo a minha ideia de diversão ir a um casamento. Não me acontece estar em casa aborrecida a pensar o que fazer e surgir-me a ideia "É mesmo isso, vou a um casamento! " Não.
Um casamento com tudo o que nele está incluido é aquilo a que chamo "hipocrisia vestida de branco".
Começa nos convites com frases inevitáveis enquanto se vão fazendo as listas: " Temos mesmo de convidar estes? Sim, senão parece mal..."
Chegados os convites aos destinatários: " Temos mesmo de ir a esta merda? Sim, senão parece mal..."
"Só vais dar esse dinheiro de prenda?? Sim, porquê? Tens de dar mais, senão parece mal..."
De seguida lá vamos em busca dos vestidos e fatos e gravatas e sapatos e malas perdidos nos roupeiros. Mas não. Teremos sempre de ir comprar novo, senão parece mal.
E depois vamos tirar uma fotografia com os noivos, quando o que já nos apetecia era almoçar. Mas temos de ir, senão parece mal.
Também me quer parecer que acabar o dia da festa com uma taxa de alcoolemia inferior a 0.8 g/l no caso dos homens, poderá muito bem ser considerado falta de masculinidade. No caso das senhoras, é aconselhável que retirem as etiquetas da sola das sandálias novas, porque aqui, sou eu mesma que o digo: parece mal.
E assim se vai passando um dia composto por um universo de "parece mal" com a banda sonora do "apitó combóio" como pano de fundo e uns rissóis a acompanhar.
E no fim, despedindo-nos dos principais intervenientes teremos sempre de mostrar que adorámos a festa e que temos imensa pena de partir tão cedo. E a eles apenas lhes compete mostrar a sua tristeza pela nossa partida.
Fecham as cortinas do palco....e já está!
Senão parece mal....não acham?
Tita
Nome inspirado na personagem principal do livro "Como água para chocolate" de Laura Esquivel. Foi escolhido num dia em que estava a cozinhar com o seu olhar muito atento sobre mim o no que ia fazendo...
Quem não percebeu, terá de ler o livro.
Mais fotos dela e da sua amiga (sim, agora vem outra cá para o quintal) no blog Luz e Sombras
Chego tarde e a más horas a casa. Não sou de me encostar nas esquinas na calhandrice. Não vou ao café da terra. Não vou ao mini-mercado fazer compras. Ouço Rage Against the Machine, Queens of the Stone Age, Led Zeppelin, Metallica e coisas do género com o botão do volume "upa-upa" e com as janelas de casa abertas.
Ontem. Atrasada para ir um casamento. Saio do banho, chego ao quarto e vejo a gata a voar contra a blusa com fitinhas pendurada num cabide. Vou para tirar umas sandálias de um gavetão e a gata enfia-se lá dentro. Vou andando de um lado para o outro com a gata sempre atrás de mim a fazer-me tropeçar em tudo o que era sítio.
Tocam à porta. Só podia ser a minha mãe com a sua mania da pontualidade. E eu ainda de roupa interior! Com os cabelos ainda molhados e desgrenhados enfiei a primeira T-shirt que encontrei para ir abrir a porta. Meto a gata na cozinha para evitar que fosse para a rua. Encosto a porta da cozinha e dirijo-me para a da entrada. Quando já estou quase a chegar, a porta da cozinha abre-se e a gata vem ao meu encontro com uma velocidade só comparável à do TGV. E foi aí que me passei e comecei a praguejar alto:
"Fod*-se!!! Mas que m*rda mais à gata!!! Raios partam!! Larga-me da mão car*lho!!!!"
Lá a meti novamente na cozinha. Vou à porta. Abri com violência enquanto dizia: "Vá entra!!"
Não era a minha mãe....
Era uma vizinha a pedir-me para ir tirar o carro do lado da escola porque queriam pintar os muros...
Ainda em relação ao post anterior:
Foram levantadas algumas dúvidas acerca do tipo de calçado a minha mãe levava naquele dia.
Depois de exaustivos inquéritos tendo inclusive de lhe apontar uma lâmpada de 40W directamente para os olhos de forma a que ela se sentisse intimidada, confessou-me que o que usava naquele dia eram:
Uns chinelos de enfiar no dedo...
E pronto, é desta que sou deserdada.