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Cheguei a casa cedo (espanto) STOP
Tratei das gatas (sim, para além da minha dou abrigo a uma vadia, porque a fome toca a todos né verdade) STOP
Jantei cedo (espanto agravado) STOP
Liguei o computador STOP
Tinha ideias de escrever um post (giro, giro, giro) STOP
Tinha ideias de responder a comentários STOP
Tinha ideias de me deitar cedo hoje STOP
Liguei o msn STOP
E foi aí que fiz merda STOP
Irmão vem fazer queixas da mãe STOP
Telefone toca STOP
Mãe a fazer queixas do irmão STOP
Gaja a revirar os olhos STOP
Gaja a tentar falar com irmão, amiga, amigo, mãe, e a ouvir uns ruídos tipo "vamos ver qual de nós consegue arranhar com mais violência este sofá" vindo da sala STOP
Gaja olha para a direita e vê as horas STOP
Já passa da meia-noite STOP
Gaja olha para a esquerda STOP
Tem um vislumbre do que anteriormente parecia um tapete sendo agora apenas algo amarfanhado por duas gatas endiabradas F*DA-SE...ai que disparate enganei-me...STOP
E esta sim STOP
É a vidinha de uma Gaja STOP
E o post giro, giro, giro que eu ia escrever era sobre......espantem-se agora.....vá quero essas expectativas ao rubro.....sobre.......Iogurtes!
Querem saber mais? Então não percam os próximos capítulos deste emocionante blog!
Quando?
Epá, encarem este blog como uma consulta de movimentos à vossa conta bancária no fim do mês. "Deixa lá ver se os gajos já meteram o dinheiro do ordenado....olha não está....deixa lá ver outra vez....olha não está.......mas deixa lá ver outra vez que agora é que deve estar.......olha não está.....cabrões!(nesta fase já é permitido chamar cabrão à entidade patronal).......vá, vou ver agora, mas já nem digo nada, secalhar ainda nem está.....Olha já está!!!! Yupiiiiiiiiiiiiii!!!"
Pronto, este blog é assim. Mas sem o Yupi.
- Susana, andas muito impaciente ultimamente...
- C. ? Eu não ando impaciente. Eu SOU impaciente e SOU chata e SOU refilona! Sim?
E porque me chateio com pessoas à mínima merdice que façam, apenas por achar que são merdices a evitar. E por serem fáceis de evitar, fugir ao meu raciocínio a repetição constante dessas mesmas merdices.
E porque sou do tipo "perfeccionista mete nojo". E nem exijo dos outros que também o sejam, para isso basta eu. Não exijo perfeição, exijo consciência.
Ao comprometer-me a fazer algo, faço. Simple as that. Mas para o fazer, terá de ser bem feito, muito bem feito, perfeitamente bem feito. Ou isso, ou sentar-me no sofá a olhar para o tecto. Prefiro.
E porque vi hoje uma colega ser despedida. Injustamente. Das melhores pessoas que conheci nos últimos tempos. E das palavras que lhe disse enquanto lhe enxugava as lágrimas.
E estas horas de trabalho que vão começando a pesar. E as horas que restam que não restam para nada. E o sono que teimo em lutar contra...
Blogs com comentários moderados.
Nada contra, atenção. Respeito perfeitamente quem opta por fazê-lo pois cada um terá as suas razões.
Mas não deixo de me sentir um pouco incomodada ao comentar desse modo. "Soa-me" sempre a censura prévia, coisa de que não sou adepta. Poderá parecer estupidez, mas o cenário que me surge é o de um blogger com uma caneta vermelha na mão: "Ora este fica, ora este não, ora este fica, ora este não..."
Continuo a afirmar, nada contra. Apenas acho ser a castração de um comentador ao ver-se privado ao seu direito de opinião imediato.
E esta não passa de uma opinião, que é apenas minha e pessoal. E que a dou aqui porque o blog é meu e digo o que bem entendo. E que está aberto à leitura de pessoas anónimas e identificadas. E que aceita todo e qualquer tipo de comentário sem leitura prévia. Pois se eu não vos peço para aprovarem os meus posts antes de os publicar, parece-me injusto esperarem pela minha aprovação para verem os vossos comentários publicados.
Se não estou em erro, ao longo de 3 anos e tal de blog, apaguei 2 comentários. E apenas o fiz pois tratou-se de uma "agradável" troca de palavras entre comentadores. Em primeiro lugar quem tem prioridade para dizer asneiras neste espaço, sou eu. E em segundo, porque nunca me pareceu correcto fazer da caixa de comentários um ringue de boxe.
Mas apesar disso ainda hoje me pergunto se terei feito bem ao apagá-los...
mas todos os santos dias, ao ouvir o cabrão do despertador acordo com este pensamento:
Mas porque raio não me deitei mais cedo ontem? F*da-se!
Ter a palavra "f*da-se" incluída no primeiro pensamento do dia não é bonito, eu sei. Até poderia dizer: "ahhhh que noite espectacular que passei, dormi mesmo bem....ahhh tão bem dispostinha que eu estou...". Mas isso era mentira. E eu não sou mentirosa. Daí o "f*da-se".
Porque para que fique esclarecido, eu nem gosto de dizer asneiras. A vida e as suas agruras é que me levam a dizê-las. Por exemplo: Acabei de olhar para o relógio, são meia noite e tal. Pelas leis da probabilidade vou adormecer lá para as 2 da manhã. Tenho de acordar às 7h. Ora o que é que uma Gaja diz numa altura destas?
Pois...
Em conversa com amigos tem surgido muitas vezes o tema amor, paixões e relacionamentos. Verdade seja dita, que já vou tendo pouca paciência para discutir tal assunto. Aliás, acho até, que já vou tendo pouca paciência para sequer pensar nele.
Frases como: "Não deixes de acreditar", "Nem tudo é igual", "Nunca digas nunca" ou até "O amor existe" têm sido frequentemente proferidas ao longo deste ano desde que me separei, quase sempre num tom maternal e às quais respondo com um simples: "hum hum..."
Talvez seja a fase que atravesso, talvez seja disso, mas dei por mim um destes dias, enquanto procurava qualquer coisa numa gaveta, a encontrar fotografias e cartas do passado, sentando-me na cama de seguida, para as ver e ler. Comecei a rir-me. Mas não se pense que foi um riso de comoção ou de nostalgia. Não. Foi uma gargalhada sonora acompanhada por um pensamento: "Love sucks!"
Haverá quem discorde de mim, como é evidente. Mas é assim que me sinto actualmente. Sinto-me fria e pragmática. Sinto-me racional. Acima de tudo, muito racional. Não que as minhas irracionalidades me tenham trazido dissabores, pelo contrário, não me arrependo de nenhuma delas. Mas o facto é que me chegaram a dar "dores de cabeça" e hoje em dia não estou para isso.
Ando focada em mim mesma, concentrada nos meus objectivos pessoais e projectos com tempo apenas para tratar de uma gata que me pede umas taças de comida e atenção e eu lhe peço uns "ronronares" ocasionais em troca. É uma relação saudável, estável e sem sobressaltos. De entrega e de recebimento. Como qualquer relação amorosa entre humanos o deveria ser.
E é aqui que reside o meu principal problema. De achar que me poderão dar em troca tudo aquilo que eu dou. De ser exigente até à medula. De não aceitar frases como: "Não sei", "Ando confuso" ou "Vamos ver". De não compreender a inconstância de sentimentos. De não compreender o porquê de deixar de ser o centro das atenções ao longo do relacionamento quando no ínicio o era. De fugir ao meu raciocínio a falta de honestidade e acima de tudo, de respeito.
E são todos estes dilemas que me dão as tais "dores de cabeça" para as quais, hoje em dia, não tenho a mínima das paciências.
Se acredito no amor? Claro que sim. Apenas acredito de uma forma diferente daquela que tinha aos 20 anos.
"Caramba! Gostava mesmo de me apaixonar outra vez. Mas assim, como foi contigo! " disse uma vez ao meu ex. Ele sorriu e disse sentir o mesmo em relação a mim. Concordámos que ia ser díficil. Continuo a acreditar que paixões destas vivem-se uma vez na vida...