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A Gaja hoje dormiu mais do que as 6 horas habituais. Talvez o dobro. Talvez um pouco mais. A cabeça parece um balão insuflável mas tirando isso está fresquinha que nem uma alface! (o que eu gosto de dizer fresquinha que nem uma alface).
Se eu desatar a escrever posts como se não houvesse amanhã não se admirem.
Também poderia desatar a passar a ferro a roupa que tenho ali mas isso iria arruinar o meu dia de ócio...
8h da manhã?9h? 10h? 11h? Meio-dia?
É só para avisar que não estou. Aqui.
Estou ali ao lado. A dormir. Ou deliciosamente acordada espreguiçando-me de quando em vez com os ouvidos postos na vida lá fora. Os autocarros apressados, a maluca que vai ao pão e que grita com quem passa fazendo eco na minha sala, o som da tampa da caixa do correio, o balde de lata que se vai deslocando de um lado para o outro enquanto o Sr Borges manda para lá os restos das folhas do jardim aqui do lado, as gatas a correrem uma atrás da outra, papel de rebuçado a servir de brincadeira, o maluco a tocar tambores lá ao fundo, o camião que passa, bruto e barulhento e o som do silêncio que as minhas manhãs não têm.
Por isso agora não estou aqui. Estou ali. A recuperar destas últimas semanas. A dormir. Ou deliciosamente acordada. A ouvir a vida dos outros enquanto a minha fica embrulhada em lençóis de flanela e edredons, coberta ocasionalmente por duas gatas sonolentas. Uma para cada pé.
Agora estou ali, mas já venho...