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É certo que nestes períodos de afastamento, onde 2 meses parecem 5 anos, dê por mim (ainda mais neste estado) a chorar feita madalena num domingo, a lembrar-me dos passeios em Belém, da visita à Batalha, dos almoços, dos jantares, dos lanches, de tudo... Mas é igualmente certo dar por mim a rir à gargalhada por recordar um qualquer episódio. E foi o que aconteceu ontem.
Certa noite, estávamos nós a ver um filme no quarto quando se ouviu uma monumental barulheira lá fora no quintal. Só podia ser o Konito, que já há algumas noites insistia em dormir fora. Dirigi-me até à cozinha onde está a porta de acesso lá para fora e abri-a. No meio da escuridão só vislumbrei o Dom Konito entretido com qualquer coisa no meio do chão que me pareceu à primeira vista, bem grande. Acendi a luz e qual não foi o meu espanto, tinha penas pretas espalhadas por todo o quintal. O gato olhou para mim, eu para ele. Na boca, tinha um melro do tamanho de uma galinha e quase que o ouvi dizer: "Dona, isto giro giro era eu levar este meu amigo aí até ao sofá para que vocês possam apreciar bem este meu troféu. Que dizes?". Exclamei um "AAAARGHHHHHH!!" e fechei-lhe a porta no focinho.
De notar, que enquanto decorria esta cena, o meu rapaz das laranjas continuava impávido e sereno deitadinho no leito. "J !!!!!!! O Konito tem um melro na boca!!!!". Dirigi-me até ao quarto e abri os estores. "Vem ver, vem ver o que ele está a fazer à pobre ave!!". Daquele lado só levava uns "hum-hum" e pouco mais. "J!!!!! Mas tu não vês?? O gajo vai comer o pássaro!!! O que é que eu faço????? "
E logo de seguida surge finalmente uma frase com sentido daquela boca e que realmente me iria ajudar naquela situação:
"Então... dá-lhe um bocadinho de Ketchup para acompanhar...."