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13
Jul10

Conheci-o numa altura em que as coisas do amor pouco me diziam. Em que o "vamos deixar andar" ou o "quando quiseres aparece" que ainda hoje me manda à cara, fizeram parte dos planos durante algum tempo. Já tinha enfiado o focinho no chão algumas vezes e não me apetecia nada limpar terra do nariz novamente.

Depois as coisas levaram o rumo que teriam de levar quando as pessoas gostam a valer umas das outras. E eu fui gostando muito e sentindo muito que era gostada. Tudo, mas mesmo tudo quanto eu tinha sonhado, imaginado, desejado, estava ali, condensado num só homem. Senti que tudo o que tinha vivido no passado tinha sido algo parecido com uma fase de estágio, de preparação para o que aí viria.

As laranjas entraram na nossa vida dentro de um saco de plástico, trazidas de um supermercado, apenas porque tinha dito que era a minha fruta preferida. E aquelas tiveram para mim um valor substancialmente maior do que qualquer perfume ou jóia. E foram cortadas às rodelas com corações de canela a cobri-las e souberam-me pela vida. Noutra ocasião, abri a porta e tinha uma no degrau, vinda directamente da África do Sul e ele, uns metros mais longe, escondido e a fazer-me surpresa depois de 2 meses de ausência.

Não existe dia nenhum em que não agradeça ter este homem na minha vida. Este que tem um sorriso do tamanho de um país, que mete conversa com todos, desde o senhor da gravata ao empregado da pastelaria. Este, que se vir a 50 metros de distância uma senhora em apuros, larga tudo e vai ajudar (e não, não fico com ciúmes, encho sim o peito de orgulho). Este que tanto veste um fato (fica lindo!) como umas calças rasgadas e uma t-shirt cheia de tinta (lindo na mesma!) e dedica-se a fazer obras na futura loja da Cake Mania. Este que apresentei a tanta gente e tanta gente gostou dele. Este que me deixa vaidosa a cada dia que passa.

Aqui há uns anos, tive um desejo intenso de ser mãe, o que não acabou por se concretizar. Quando vi os dois riscos no teste a confirmar as nossas desconfianças, entendi que tinha de ser assim. Agora. Com ele. Porque só com ele faz sentido. E agora sim, começa uma nova etapa para nós, deste projecto que não quero que tenha fim. E que esta pequena Clementina venha com o feitio do pai que ficamos bem servidos.

Caramba! Qualquer dia peço-o em casamento! :)

 

 

(E o que eu choro ao ouvir isto? Uiiii! raiospartam as hormonas pá! :))

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