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Eu não sei como é com a maioria mas o meu NUNCA adormece sem "ajuda".
O momento de dormir obedece sempre a um ritual: colocá-lo de lado, falar diversas coisas com uma voz estranha, tipo desenhos animados (eu consigo fazer essas cenas), dar 642 beijinhos desde os pés até à orelha, dar-lhe a chucha, a chucha ser cuspida umas 30 vezes e voltar a colocar, colocar uma fraldinha perto dos olhos (adora!), inventar vozes para todos os bonecos que tem à volta (para a ovelha, a cenoura, o coelho e o cogumelo), a cenoura ser atirada violentamente contra as grades do berço, voltar a colocar a cenoura ao lado dele (disfarçada ao lado do coelho), fartar-me da bonecada toda e atirá-los eu contra o fundo do berço, voltar a dar-lhe a fralda, voltar a falar com voz de boneco, calar-me, ver que está quase a adormecer e a entregar os pontos, o cabrão do cão ladrar na casa em frente, voltar tudo a mesmo, ir ao quintal fumar um cigarro e exclamar um "VAI LÁ TU" ao pai, o pai regressar passados 5 minutos a dizer um "está quase, quase", ir lá eu, repetir alguns procedimentos e finalmente lá adormece.
"Ai e tal nunca o habitues a dormir ao colo..." YAAAAHHH! Ele sempre detestou adormecer ao colo! Logo nem se coloca esse problema, que foi por esse hábito malfadado (que não acho nada mas pronto) que ele tenha dificuldade em adormecer.
"Ai e tal deixa-o estar que acaba por se cansar e adormecer..." NÃO. Não deixo. Faz-me confusão a criança estar desesperada com sono e eu sentada na sala a ouvir, não um choro porque não é, mas um lamento repetitivo. Daí, que de cada vez que D. Dinis esteja para dormir seja sempre uma tarefa a dividir aqui em casa. Umas vezes eu, umas vezes o pai. O pai não tem tanto jeitinho ou terá...mas sinto que seja um momento em que peça mesmo a presença da mãe. Por isso sim, estou lá, as vezes que forem necessárias.