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22
Set11

Um dia destes a caminho da casa da minha mãe para ir buscar o Di, ao fazer uma curva com o carro dou com um grupo de uns 7 ou 8 africanos a caminharem....no meio da estrada. E isto não é situação nova para mim pois já não é a primeira nem a quinta vez que me deparo com cenários do género. O meu rapaz diz que é normal, que em Angola andam todos no meio da estrada mas lamento, pois caso me lembre, vivo no concelho de Sintra há mais de 30 anos e não em Luanda.

E depois há dias em que ando mais avariada dos cornos e este foi um deles, sendo que achei que estando a circular com um carro na estrada e havendo passeios de ambos os lados alguém teria de se desviar. E esse alguém não era eu. Confesso que sou capaz de ter acelerado um bocadinho mais indo de encontro às calças debaixo do cu de um deles, confesso que gostei de ver a cara de medo de todos eles ao pensarem que eu nem ia travar. Mas travei e aí a postura de encolhidos com que todos ficaram passou automáticamente a pose de galos com a crista ao alto ainda mandando uma palmada no carro.

E aqui juro, que estive vai não vai para sair do carro e perguntar a todos aqueles imbecis se ainda queriam ter razão e se caso eu me tivesse desviado deles e tivesse levado com outro carro em cima do meu quem é que ia pagar o arranjo.

Mas claro está, eu sou uma Gaja, eles eram 7 ou 8, e mesmo existindo uma esplanada uns metros à frente cheia de homens (brancos), se a coisa desse para o torto tenho quase a certeza que nem um levantaria a peida da cadeira e ainda iria assistir a cena com um tremoço no canto da boca.

 

Porque andamos assim, toda a gente tem medo, toda a gente tem medo de se meter, toda a gente tem medo de enfrentar os bandos do "roça o cu nos muros o dia todo, assaltam pessoas nos comboios e fazem arrastões nas praias". E nem me venham cá falar em racismos porque como já disse vivo no concelho de Sintra e sei bem do que falo, por isso sim, sou racista com este tipo de gente. Não sabem falar, não sabem estar, não sabem viver em comunidade.

Poderia aqui dizer que não são todos, que até tenho amigos negros mas quem for minimamente inteligente dispensa este tipo de explicação pois sabe bem a que me refiro.

Tenho pena, muita pena que de vez em quando não existam homens (mas assim com tomates a sério) que saiam do confortozinho das suas pantufas em casa e vão à rua mandar calar aquelas bestas com a Kizomba a tocar até às 2h da manhã e que apanhem os cacos das garrafas de cerveja do meio do jardim.

Mas não. Todos temos medo.

E um dia destes já nos cospem em cima e aí será tarde demais.

 

 

 

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