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Eu não sei se é da Troika, dos cortes disto e dos cortes daquilo, do regresso das férias, do aumento dos preços. Não sei.
Noto nas pessoas uma má disposição, uma azia e cara feia.
Que fiquem zangados quando ouvem o Passos Coelho, entendo. Que fiquem danados quando vão ao supermercado e o leite aumentou, entendo. Que façam cara feia ao Vitor Gaspar, entendo ainda mais.
Agora aquilo que não entendo é trombas gereralizadas para todos nós. Ainda ontem ao levar o petiz ao colégio, uma outra mãe respondendo-me aos bons dias que lhe dei, nem virou a cara para olhar para a minha.
E é isto. Más disposições por todo o lado e narizes empinados, nem olham direito nos olhos das outras pessoas. Acham que os outros aos prestarem-lhes um serviço, não fazem mais que a sua obrigação.
Ainda voltando ao colégio, de todas mas TODAS as vezes quando vou buscar o meu filho (e o pai faz a mesma coisa), despeço-me dizendo "Até amanhã e obrigada". E já notei que este "obrigada" é qualquer coisa de novo por aquelas bandas. Que os pais vão buscar os filhos, muitos com um ar do mais emproado que existe (como se o colégio fosse algo particular ali para as bandas da Quinta da Marinha...) e despedem-se às 3 pancadas daquela educadora ou auxiliar.
Já eu penso de outra forma. Que todas aquelas mulheres também têm vidas, muitas delas provavelmente ainda mais chatas do que a vida do emproado que ali aparece. Que são mulheres que durante o dia tomam conta do meu filho, que tratam dele e que o ensinam. Que tiram tempo aos seus próprios filhos para cuidar do meu. Que são mulheres às quais o meu filho sorri e manda beijinhos quando vem embora.
Se é preciso dizer "obrigada"?
É um dever.