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Foi ontem, o aniversário aqui do Vidinha. E porquê celebrar no dia seguinte?
Olha! Porque me esqueci!
Posso?
Ah! Pensava...
Pronto, era só isto. Podem ir.
Sempre os mesmos, sempre os mesmos, sempre os mesmos. Menos....menos, senhores.
Ainda assim, aparecem muitas vezes posts realmente interessantes. Valha-nos isso!
Viram a cara de amuado do Presidente quando os jogadores do Benfica não o cumprimentaram no final do jogo da Taça?
Viram? Viram?
Muito se tem falado nos últimos dias acerca da adopção por casais homossexuais. Eis senão quando me deparo com um post (isto para quem o quiser ler na íntegra) de uma jornalista do Diário Económico de seu nome Maria Teixeira Alves.
Deixo apenas algumas pérolas:
Quero também dizer que quando as pessoas dão crianças a homossexuais, estão a dar-lhe dois pais ou duas mães e não estão a pensar nas crianças abandonadas, que têm o direito de ter uns pais substitutos o mais semelhante possível com a família biológica.
E quando me vêm com aquele argumento falso de que é melhor as crianças serem adoptadas por homossexuais do que estar em instituições eu pergunto. Porquê? Porquê é que a instituição é o pior que pode acontecer à criança? São maltratados lá? As instituições maltratam as crianças? Não cuidam delas? É diferente de uma família normal? É. Mas também os pais homossexuais são diferentes de uma família normal.
Pelo menos nas instituições não correm o risco de chegarem a adolescência e serem seduzidos pelos pais.
(Nesta frase confesso que me perdi e tive de reler umas 3 vezes para ver se aquilo estava mesmo escrito)
Portanto, cara Maria Teixeira Alves, acho que precisamos de esclarecer alguns pontos de vista.
Em primeiro lugar sugiro um exercício, o de estabelecer o conceito de família normal. Sim, vamos a isso, o que será uma família normal?
Vamos levar isto ao extremo da perfeição, boa? O de visualizar um pai com 1,80m, gestor de uma empresa de sucesso, um tipo porreiro que vai jogar ténis aos fins de semana e no final da tarde ainda tem tempo de levar os putos ao cinema. A mãe, uma estampa. Um caso de sucesso no mundo da decoração. Tão perfeita que chega a meter nojo. Sempre cheirosa na hora de deitar os seus meninos nos seus berços de 1300€ (fora os 200€ gastos em tecidos estampados)
Será isto? Secalhar é.
Vamos então negar a adopção por parte de casais gordos. Boa? Que chatice...duas baleias a irem buscar os miúdos à creche. Até parece mal, ocupariam logo na totalidade o hall de entrada impedindo as "famílias normais" de caberem no mesmo.
Vamos seguir esta ordem de ideias e impedir um preto de adoptar uma menina loira. Que horror!! A menina iria ser gozada toda a vida!!
E um paraplégico? Nem pensar! Depois não poderia correr com os filhos!E uma mulher a dias? Credo! E depois na hora de dizer a profissão da mãe na sala de aula, onde todos iriam ouvir!
Continuamos? Tenho mais exemplos. Não tenho é o dia todo.
Perguntei-me ao ler o seu post, que tipo de pais você teria. Que tipo de valores lhe transmitiram (alguns estão à vista). Que tipo de amor recebeu, Maria? Recebeu? Que tipo de família seria a sua. Normal?
Perguntei-me igualmente se teria filhos, Maria. Tem? Eu tenho, um.
Comecei a imaginar um cenário, que nestas coisas é sempre bom enfiar a cabeça na gola da camisola, da nossa, e olhar bem cá para dentro, dizia eu, imaginei um cenário, o do meu desaparecimento, o do meu marido, o da família mais próxima. Todos!
E vi o meu filho sozinho. Posso jurar que visualizei um deserto....só areia, tons amarelados, algum vento. E ele ali no meio. Sozinho.
No meu imaginário tinha duas opções: o de o ver partir em direcção a uma instituição de acolhimento ou em direcção de um casal homossexual. Não demorei muito a decidir e deixei a instituição de parte. Isto porque as instituições,em parte, fazem-me sempre lembrar as creches, onde é sempre muito giro estar lá umas horas mas não há nada que pague os olhos de alegria de uma criança ao ver quem a vai buscar ao fim da tarde.
Talvez seja isso que lhe faça falta, Maria Teixeira Alves. Ver, mas ver bem, os olhos de uma criança.