A vidinha de uma gaja

Ando aqui há dias à volta com fotografias de quase 5 anos de trabalho. Vão por mim, são muitas, mesmo muitas. Está a dar uma trabalheira que não lembra a ninguém mas tem mesmo de ser.
Agora a verdade é que também está a servir para ver todas as falhas que cometi (e nunca mais repeti-las) e acompanhar a minha evolução nesta área.
Tem sido barrigadas de riso é o que vos digo...

O primeiro trabalho que fiz em modelagem com o tema "mar". Lembro-me como se fosse hoje das gargalhadas que dei, eu e o rapaz, que não havia meio de conseguir fazer uma sereia e depois saiu esta. Para mim na época estava boa, ou quase boa.... (sim eu sei, parece um marshmallow ao sol há 15 dias....e o peixe? Porquê um nariz no peixe???? Jeeezzzzzzz)

Ou este Ruca, que coitado....coitado.....

Que entretanto se transformou nisto:

Eu só pergunto é o que é que a malta andava a fumar naquela época para me dizerem que sim senhor aquilo tudo estava muita giro e coiso?
Hum?????? Amiguinhos pá!

... em que eu digo a alguém que me deitei antes da meia-noite

A minha casa não é muito grande. Dois quartos, uma sala, uma cozinha, uma casa de banho e um micro quintal. Coisa normal, sendo que as divisões são pequenas, o que me obriga periodicamente a fazer uma selecção do que se usa ou não e isto tudo para rentabilizar o espaço.

O método é simples, se alguma coisa não é usada há um ano (às vezes menos) é porque não faz falta nenhuma, sejam roupas, utensílios, brinquedos etc. Então a solução passa por dar ou deitar fora quando já não estão em bom estado.
Adoro ver o programa Hoarding: Buried Alive para que não me esqueça nunca (ou me dê a preguiça) da razão para manter a casa arrumada.

E ando eu nesta luta diária, inclusivé antes do Natal enchi 2 sacos enormes com brinquedos para doar, coisas que o Dinis já não usava e brincava. Ou até por excesso (porque damos tantas coisas aos putos pá!?) E o quarto dele ficou com muito mais espaço e mais funcional.


Até que.....

....a vizinha bate à porta E ai e tal tinha lá este carro que era do meu neto mas ele já não lhe liga nenhuma e ai e tal está aqui para o seu menino. 

E eu que gosto tanto desta vizinha e juro que achei o gesto tão simpático e oh Dinis dá lá um beijinho à vizinha e agradece

mas...

...é isto a minha vida

Aquilo que vou escrever já de seguida não é de todo politicamente correcto mas tem mesmo de ser.

Eu não gosto de ver mulheres a discutirem futebol.

Choquei? Pareci machista? Fui?
Mas não, não gosto. É um facto que não ligo nenhuma a futebol e que já de si ver homens a dissecarem sobre o assunto é uma coisa que me ultrapassa. Mas sei lá, secalhar por já levar com cenas do tipo desde a infância já nem faço caso.
De há uns (poucos) anos a esta parte parece que faz parte da tão aclamada emancipação feminina, gostar de futebol, saber o nome dos treinadores, dos jogadores. Vejo-as muito enervadas, muito entusiasmadas, muito tudo quando discutem o tema.
E nem sei bem porquê, mas tudo aquilo soa-me sempre tremendamente falso. Ou melhor, tremendamente estranho, como se quisessem à viva força provar alguma coisa.

Será por aí? Será esse o caminho?...
Fico sempre com esta dúvida.

Sei que se não te escrevo nada, assim como o fiz com o petiz, ficas com uma ciumeira danada. E ver-te com ciúmes é coisinha que não se atura.

Quando te conheci e te vi de luvas e cachecol e todo aprumadinho armado aos cágados tive a impressão que isto não teria futuro. Que nunca iria festejar nenhum dos teus aniversários, nem que iria rir às gargalhadas das tuas graçolas, nem que te ia ver aos saltos como um miúdo de 13 anos, nunca achei que te iria admirar, admirar essa força, essa garra, essa inteligência. És um chato de inteligente, sabias? Uma pessoa está a falar de um copo de água e lá vens tu com o H2O e pormenores que valha-me a santa que não sei onde guardas tanta informação.
Nunca achei que iria gostar de enroscar-me na tua asa e sentir-me protegida de tudo. Nunca achei que iria voltar a ver-te. Nunca achei que iria ter um filho teu.

Hoje acho que não acho nada.

Tenho apenas a vontade de passar o resto dos teus aniversários.

Contigo.

 A Gala da RTP foi das coisas mais parvinhas que tenho visto nos últimos tempos. A sério que uma televisão com 57 anos não consegue fazer melhor que aquilo?
Dei por mim a pensar, ao ver o jornal da SIC no domingo, como o Pedro Mourinho consegue pegar num tema tão simples como edifícios abandonados e fazer uma reportagem para lá de espectacular.
E a RTP é isto, com um arquivo de imagens a fazer inveja a qualquer estação de televisão, faz um vídeo de homenagem ao Herman José, que caramba, até eu fazia aquilo ali com o movie maker!
Já para não falar da presença do José Pedro Vasconcelos (eu juro que tento gostar dele mas não dá) lá para o final da Gala em que só faltou fazer o pino para se rirem das piadas dele (piada?oi?qual piada?)

Acerca da morte de José Policarpo, li repetidamente frases serem iniciadas com um "apesar de fumador".
O preconceito já chegou aos fumadores, really?? Jeezzzz...