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Bem, na verdade também já não os acompanhava com assiduidade há algum tempo mas sempre ia vendo uns bocados por outros.
Quando começou o The Voice na RTP posso dizer que acompanhei quase na totalidade e no dia em que o Luís Sequeira apareceu com o "High and Dry" dos Radiohead disse automaticamente olha que sim senhor, aqui está algo absolutamente diferente.
O Rui Drumond acabou por ganhar o concurso, levado aos ombros (como de costume) com a história do coitadinho que há anos que canta em coros (qualquer semelhança com o Berg é pura coincidência) e que só espera a sua oportunidade.
E aqui eu pergunto: qual oportunidade? Porque convenhamos, o Rui canta muito bem mas falta-lhe aquilo a que se chama carisma, criatividade, alma, estrelinha. Exemplo disso foi o uso que deu à tal oportunidade que tanto almejava. Lançou um álbum com inéditos? Com algo absolutamente inovador e criativo? Não. Pessoas que gastaram dinheiro em chamadas para votarem neste rapaz que andava perdido nas brumas, fiquem sabendo que lançou um álbum com os temas.....que cantou no programa. Ou seja, envolve-se uma editora, envolve-se dinheiro, envolvem-se colaboradores, para participarem em algo que está disponível no Youtube há imenso tempo. Isto faz-me lembrar os blogues que viram livros. Porquê? Para quê?
Definitivamente para mim, este último concurso de talentos foi a gota de água. Continuam eternamente a ter apoio estas histórias de cordel e a passar ao lado aquilo que realmente interessa num cantor, num performer, num artista.
Se o Luís Sequeira teria feito melhor se tivesse ganho o concurso não sei. Não sei até que ponto não iria cair de paraquedas num álbum igualmente pouco original mas a verdade é que este rapaz tem capacidade de fazer arrepiar (método simples para avaliar um bom cantor) coisa que o Rui Drumond não tem, nem de perto nem de longe.
Prova disso foi esta interpretação fabulosa que teve ao lado da Marisa Liz