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É certo. Caí num lugar comum ao mencionar esta música. "É a minha vida..." E não só.
Na verdade, quantos de nós não fazemos uso desta música ou de partes dela, para exemplificar a nossa vida? E temos também tendência a fazê-lo resumidamente, assim como o fiz no post anterior.
Mas a verdade é que isto acaba por ser bem mais complexo do que parece à primeira vista. Dizer que só estamos bem aonde não estamos, porque só queremos ir aonde não vamos esconde apenas uma parte do problema. E agora vamos ser sinceros. Quem não sabe do que gosta? Quem não sabe o que quer? Quem não sabe até onde quer ir?
A maioria sabe. Ou pelo menos desconfia. E o que nos impede de o saber na sua plenitude são os factores externos. A nós. Tais como: pessoas, acontecimentos, tempo etc...
E estes factores é que são primordiais neste processo complexo das nossas escolhas e das nossas vontades.
Poderemos gostar de algo ou de alguém, estar bem onde estamos, querer ir a determinado sítio, construir algo importante e um infindável número de quereres e vontades. Se um qualquer factor externo interferir negativamente em qualquer um destes pontos, é certo e sabido que irão surgir as dúvidas.
E é então que nos questionamos: Estarei bem aqui? Deverei gostar disto? Faço bem em ir por ali?
Para logo de seguida nos saírmos com uma destas: Eu querer queria mas...
Faz-me lembrar um pouco o "drama" que certas pessoas têm com o chocolate. Sabem que se o comerem, no dia seguinte irão ter a cara enfeitada de borbulhas. E aqui encarem as borbulhas como um factor externo. O aspecto negativo da coisa (como se o seu próprio aspecto não fosse negativo o suficiente...).
Ora uma pessoa sabe que gosta de chocolate. É um dado adquirido. Mas o facto de saber o que lhe poderá causar irá trazer a dúvida. E aqui começa a pensar: Será que gosto assim tanto de chocolate a ponto de me sujeitar a ficar com o rosto numa lástima?
Conclusão: Nós até sabemos do que gostamos e queremos. As borbulhas é que lixam tudo!