A vidinha de uma gaja

De 2007 a 2009 mantive publicado anúncio, num site português, em que propunha sociedade na exploração de uma loja de 2ª mão. Oferecia alojamento e, primeiro 33% e depois aumentei para 50% nos primeiro ano, de hipotéticos lucros. Nesses dois anos recebi 10 ou 12 (*) não lembro exactamente, inquirições de pessoas residindo em Portugal mas nem todas portuguesas até que, em Fevereiro de 2009, publiquei o mesmo anúncio num site estrangeiro - numa semana tive 14 respostas e no dia 1 de Março chegou um jovem polaco a minha casa para iniciar funções. A loja fechou em Setembro por desistência do tal jovem mas isso é outra história.

(*) Desses 10 ou 12 contactos sobressai aquela rapariga que se definia como uma vencedora e necessitar de pelo menos 1000 € de rendimento mensal e 1 viagem por ano. Quantia que, afirmava ela, seria o resultado natural da sua gestão. Após um mês de intensa troca de emails agendou uma visita para um domingo de Agosto pelas 15 horas. Não compareceu nem telefonou a desmarcar. Pouco tempo depois ainda teve a lata de voltar a comunicar. Relato isto apenas pq é uma curiosidade o facto de existir, pelo menos uma, pessoa que se entreteve durante um mês a escrever emails bombásticos sobre o seu talento e propostas de acção, agendar uma reunião e faltando voltar a contactar sem ser para se desculpar/justificar. Nem para mitómana tinha talento.

Até o cego vê! :)
Alguém tem que esclarecer essa menina, que os empregos (porque não me parece, que ela esteja interessada num trabalho) não caem do céu ... só aparecem quando as pessoas levantam o rabinho do sofá, desligam a televisão e começam a mandar currículos como se não houvesse amanhã (e como é óbvio, não se pode desistir ao primeiro, segundo e terceiro "não").

Que ternura! E quem é que lhe paga as continhas? A Segurança Social ou os paizinhos? Enquanto as pessoas tiverem este tipo de comportamento, não podem esperar muito da vida... Nem a vida delas. Não posso com gente assim!