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21
Ago08

Humores

por Gaja

Aliado ao meu feiotiozinho de merda, está ainda o meu sentido de humor. Não compreendido por alguns mas que me está no sangue há largos anos, sendo para mim díficil mudar esta minha forma de me "rir do mundo".

O meu sentido de humor está longe de se compadecer com uns minutos de "Malucos do Riso", com as suas piadas fáceis e "mastigadas". Por norma apenas me rio de coisas ou situações que não façam sentido.

Certo dia, no Lar, uma idosa faleceu. Fomos ao quarto vê-la. Entre algumas conversas, uma colega saíu-se com uma frase que a meu ver não fazia o mínimo sentido numa ocasião daquelas. Conclusão: Ainda tentei suster as gargalhadas mas vendo que não conseguia fui dirigindo-me para a porta, praticamente de gatas devo dizê-lo, num riso incontrolável. O problema é que quando rio à gargalhada, verto imensas lágrimas o que originou uma onda de solidariedade à minha volta pensando que eu estava a chorar pela morte da idosa...

O meu humor não é fácil de entender para alguns. É irónico e sarcástico. Posso dizer as maiores alarvidades com a cara mais séria deste mundo tais como dizer à minha mãe que ia trabalhar para um bar de alternes ou até a uma idosa, que ficou sem me falar uma semana só porque lhe disse que tinha um feitio soviético.

E é nessas alturas que sinto que tenho de ser mais moderada. E controlar este impulso de brincar com tudo. E é nessas alturas que divido as pessoas. Aquelas com quem posso ou não brincar. Porque nem toda a gente está para isso, não é verdade?

Talvez o único, que na plenitude compreenda esta minha forma de "rir", seja o meu irmão. Este, dotado de um sentido de humor apuradíssimo é também talvez o único capaz de me fazer ir às lágrimas com uma facilidade incrivel, apesar de conseguirmos manter uma conversa completamente non sense durante vários minutos para ver quem se "desmancha" primeiro. Um pequeno exemplo destas "picardias"  aconteceu há dias num almoço de família:

Tudo reunido à volta da mesa no jardim....ele esticado numa rede...

Pai diz à filha: "Ó Susana não queres aqueles anões de loiça que o pai tem ali?? Ein? Eram giros para meteres lá em cima da churrasqueira!"

Filha diz: "Errrrrr......hmmmm....epá não sei......errrrrrr.....está bem pronto...."

Enquanto remoía onde raio ia pôr os cabrões dos anões recebo sms do irmão:

" Tudo o que sempre sonhaste...Um par de anões...."

 

 

 

 

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Acabei de matar 7 melgas.

 

À ultima, ainda lhe disse, depois da pazada que levou nos cornos : "Arde no quinto dos infernos ouviste?... Não?... É bom sinal! É porque estás morta. Tu e as p*tas das tuas primas que não me têm deixado dormir estas noites sempre com a mesma lenga lenga. Custava-vos muito fazerem o vosso serviço em silêncio? É que uma Gaja acordar com os braços todos sugados e cheia de bolhas ainda é como o outro. Mas a vossa estupidez chega ao cúmulo de avisar, com esse barulhinho rídiculo e irritante, o que andam a tramar. Burras!"

 

 

É bom ver sangue de vez em quando...muhahahahaha!

 

Ok...eu sei que era o meu.

 

P*tas!

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E aqui vai um Bj da Gaja a este grande senhor que é o Arcebispo da Cantuária por ter incluido o "Vidinha" nas suas escolhas para blogs em destaque no Blogs do Sapo.

Foi um querido o menino, sei lá...Cá bejufa! 

 

(Já sabem que quando sou destacada fico tiazucha...)

 

E eu agora até era menina para responder a todos os comentários amorosos que deixaram no post anterior mas é que são imeeeeensos, sei lá...

De maneira que os meninos não se importam que deixe isso para amanhã pois não?

Vá....bejufas a todos!

 

 

Onde é que eu fui buscar esta das bejufas?.......Não te cures não....

 

 

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12
Ago08

Falta de tempo...falta de tempo meus caros. A única razão para o meu desaparecimento.

E não, não fui de lua de mel nem tenho andado a contribuir para o bronze como certas alminhas disseram por aí.

Muito trabalho, isso sim. Que isto do mês de Agosto é a merda do costume. Vai tudo de férias e os que ficam que se amolem.

Durante estas duas semanas, entre trabalho, visitas à familia, receber amigos em casa e as costumeiras rotinas caseiras, ainda ganhei 3 novos residentes cá em casa para dar mais um bocadinho de trabalho à Gaja que já vai sendo pouco.

 

Apresento-vos o Alfredo (da direita) e o Tolstoi (da esquerda)

 

 

Pois é, estes são os hamsters orfãos que um dia a minha mãe trouxe lá para casa dela. Veio com uma conversa de que como eu queria um animal de estimação, assim até ficava com dois. Como se eu algum dia tivesse tido o desejo de ter hamsters meu Deus...

Mas claro, uma Gaja não vira a cara a estas desgraças sociais e vai daí,pouco tempo depois de me ter mudado para a minha casa, lá tive de trazer a rataria.

Agarrei na gaiola e coloquei-a no chão do carro, no lado do pendura. Parei o carro à porta, peguei na gaiola e mais uns sacos que tinha trazido, larguei tudo em cima de uma mesa e fui estacionar o carro num sítio mais próprio. Chego a casa...olho para dentro da gaiola e qual não é o meu espanto faltava-me o Tolstoi....................................

Deu-me vontade de gritar com um ar aciganado....."Ahhh mê Deus....! Mê pobre ratito....Querem lá ver que o desgramado se me caiu da gaiola para o mêio da estrada e já foi atrepilado por um cámion Tire?? Ahhhhh mê ratito!!!!!!!......"

Mas não. Peguei antes numa das tocas dos gajos e fui à cata dele.

A noite estava escura, não se via vivalma na rua. Na estrada esborrachado não estava. Melhor, pensei eu. Só podia estar no carro.

Entrei, acendi as luzes. Não mexi em bancos nenhuns pois senão quem o esborrachava era eu. E limpar os estofos a uma hora daquelas era coisinha que não me apetecia nada.

Coloquei a toca no chão. Foi uma questão de segundos e Tostoi apareceu....Enfiou-se nela, Gaja meteu-a num saco e lá foram os dois para casa.

 

Mais uma do Alfredo. (O Tostoi não gosta muito de ser fotografado...manias de hamster russo)

 

 

Passados uns dias do que é que eu me lembro? Quero ter um gato!

Um dia em conversa com um Afonso disse-lhe: Um dia vou ter um gato com o teu nome...

Mas claro, os planos saiem-me sempre furados...

 

Afinal é uma menina. Tem 1 mês e tal. Está cá em casa há quase duas semanas. E não é que ainda não lhe arranjei nome?

Ultimamente tenho-a chamado muito de chata do caraças. Mas será que fica bem?

 

 

 

 

 

Vá....façam-me lá esse favorzinho e ajudem a Gaja a escolher um nome à bichinha....

 

Agora vou só ali ver o que é que ela estará a destruir e já venho...

 

Ahhhhhhh e só mais uma coisinha:

Queria agradecer a todos os que se lembraram do meu aniversário e pelas palavras que me deixaram.

Um beijinho à Isa, ao Sérgio, à Lu, à Pat, à Beta e à Lisa.

 

 

 

 

 

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30
Jul08

A minha casa

por Gaja

A minha casa é uma casa. Não um apartamento ou uma vivenda. É uma casa sem vizinhos nem por cima nem por baixo. A minha caixa do correio é o contador da água. Ou seja, o carteiro coloca as cartas na ranhura e elas caiem lá dentro.

Os armários da minha cozinha e o lava-loiça de pedra remetem-nos aos tempos das nossas avós. E incrivelmente parece que o tempo não passou por ali.

Apenas se tem acesso à casa de banho pela cozinha. Coisa estranha dirão vocês.

O meu quintal é uma coisa pequena mas com uma churrasqueira bem menina para assar duas dúzias de sardinhas. Neste quintal existe um tanque de lavar a roupa, mas esse não trazia instruções...

Neste quintal a vista aérea:

 

E ainda mais este cabrão de moinho que me azucrina a cabeça com o chiar que faz quando está vento:

 

Esta casa é a minha cara. Pois apesar dos azulejos novos e a pintura de fresco, foi escolhida essencialmente por todas as suas características estranhas e saudosistas.

 

No sítio onde eu moro passam carros a toda a hora. É um misto de cidade e aldeia. Se bem que a única referência citadina será mesmo apenas o dióxido de carbono largado por aqui. Porque no fundo no fundo, as cuscas encostadas aos muros das casas tagarelando umas com as outras, não deixam margem para dúvidas.

Existem tanques comunitários, um grupo desportivo e dois malucos.

Pois o que seria das terras sem os seus malucos? Fica sempre bem ter um ou dois.

Um deles, um dia destes descobriu que eu é que era a dona do carro que costumava ver por ali e disse-me: "Bem que eu me perguntava de quem seria este carro todo janota que via por aqui...afinal é teu! Mas olha, estás à vontade, podes deixá-lo aqui sempre que quiseres!"

Continuou a tocar os seus tambores e voltou-se para o mundo dele enquanto eu me afastava dizendo-lhe adeus.

 

Depois chego a casa. Abro a porta. Vou à janela e vejo lá ao fundo...

 

 

 

 

 

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2 pisadelas apenas...

 

Estes cotovelos são muita bons pá!

 

 

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